O clima ameno entrava junto com a luz pelas janelas abertas, eram seis horas da manhã e tudo já estava ensolarado. Olhava para uma das janelas da sala enquanto enchia um copo com água na cozinha, era esperto o suficiente para saber até quando apertar, o filtro. O céu, completamente azul claro, cor de céu mesmo, fez com que ele se lembrasse, em uma associação questionável, que faziam dois dias que não olhava o telefone, toda a ansiedade se dissipava em sua cabeça enquanto olhava para aquele céu cor-de-céu. Sorri. A água que transborda do copo cai em seus pés, “está na hora de parar de apertar”, reflete gargalhando, toma tudo em um único gole.
Não se apegue a analogias, meias molhadas podem ser trocadas…
Sabe… eu durmo descalço.
Arthur Marques